Três dias após o acidente de carro que matou sua mulher, Jussara do Nascimento Almeida Armando, 53 anos, e do qual o neto, Daniel Armando, de apenas cinco meses, sobreviveu ileso por estar no bebê-conforto, o avô da criança, Paulo Roberto Armando Filho, 57 anos, desabafou: se não fosse o acessório, a tragédia poderia ter sido ainda maior.
"Se não fosse a cadeirinha, eu estaria chorando duas mortes na minha família. Quem reclama da lei que obriga a usar por conta do preço deve ser do tipo que gasta R$ 200 em bebida e não pensa na segurança do próprio filho", declarou Paulo Roberto, que é motorista aposentado.
Pai do bebê, o estudante José Fernandes Armando Neto, 21 anos, dirigia o Peugeot 306 no momento do acidente com ônibus da empresa Expresso Oeste que fazia a linha Caxias-Mangaratiba na avenida Cesário de Melo, em Cosmos, no Rio de Janeiro. Ele sofreu um corte na cabeça e um entorse no pescoço.
"Não tenho palavras, estou completamente arrasado. Mas, sem a cadeirinha, sei que a tragédia seria ainda maior. Estava dirigindo quando minha mãe disse que dava para eu passar. Depois, não vi mais nada. Acordei com ela em cima do carro e Daniel no colo do enfermeiro", recordou.
Desde o dia em que nasceu, o bebê sempre foi transportado em automóveis usando a cadeirinha adequada para crianças de sua idade, como exige, desde quarta-feira, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
"Sempre fui muito preocupado com a segurança no trânsito, e Daniel nunca saiu de casa fora do equipamento", garante o avô, que desde o acidente tem feito de tudo para animar o neto. "Daniel é uma criança alegre, mas está sentido. O impacto foi muito forte, mas graças a Deus e à cadeirinha, não sofreu nada. Minha mulher estava no banco de trás e morreu tentando protegê-lo", lamentou.
Fonte:
http://noticias.terra.com.br/transito/interna/0,,OI4662469-EI11777,00-Sem+a+cadeirinha+estaria+chorando+duas+mortes+diz+avo.html - acesso em 09/09/2010
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