27 de jan. de 2010

Educação no Trânsito realiza oficinas em escolas de TL

A Divisão de Educação no Trânsito da Prefeitura de Três Lagoas já iniciou as atividades deste ano com a realização de oficinas para professores da rede pública e particular do município.

Nesta semana a escola Salesiano Dom Bosco recebeu a oficina de educação no trânsito ministrada pela professora Creusa Ramos Monteiro Ferreira, chefe da Divisão de Educação no Trânsito do DEPTRAN (Departamento Municipal de Trânsito e Sistemas Viários). A oficina coloca em prática a Portaria nº147 do DENATRAN, em vigor desde o ano passado, que traça parâmetros de como trabalhar a educação no trânsito.

O objetivo das oficinas, segundo Creusa, é ensinar o professor para que ele possa repassar aos alunos, com foco nas crianças. “Não ficamos presos somente as leis. É importante trabalhar com as pessoas, em especial com as crianças, valores como respeito, colaboração, compreensão, ética. Aí estamos formando um cidadão para o trânsito, pois não adianta o motorista ter o conhecimento de toda a máquina e não respeitar o direito das pessoas nas rodovias. E ensinando as crianças é mais fácil mudar o futuro”, explicou Creusa. As atividades iniciadas neste já estavam agendadas desde o ano passado.

Outras escolas também receberão as oficinas, como é o caso da Funlec, no próximo dia 29, e posteriormente a Escola Estadual Dom Aquino Corrêa. As escolas que tiverem interesse em desenvolver este trabalho voltado para a educação no trânsito devem procurar a professora Creusa, junto ao DEPTRAN. “Este acompanhamento nas escolas é importante até mesmo para orientar projetos que podem vir a concorrer prêmios, como ocorreu em 2009 com a Escola Municipal Gentil Rodrigues Montalvão, com o projeto Educação para o trânsito – os corujinhas do trânsito, que ganhou o Prêmio CETRAN na Categoria Instituição Regular. São iniciativas como esta que devemos ressaltar e que ajudam a melhorar as atitudes nas vias públicas”, reiterou Creusa. A professora de Redação do Ensino Médio, Virna Vieira Leite, participou da oficina e considera importante este tipo de atividade. “Com o crescimento de Três Lagoas, é fundamental que a população e principalmente as escolas tenham preocupação com a educação. O curso foi muito proveitoso e nos auxilia em como conscientizar os alunos sobre as questões do trânsito”, avaliou a professora.

Fonte: http://www.jptl.com.br/?pag=ver_noticia&id=19019 (acesso em 27/01/2010)

24 de jan. de 2010

Treinamentos, Consultoria e Publicações

Abaixo detalhes das atividades que desenvolvemos, relacionado à Educação para o Trânsito.

Treinamentos: Palestras, oficinas, seminários, cursos...  

1. Atualização em Educação para o Trânsito

Público Alvo: Guardas municipais, policiais agentes e gestores de trânsito (grupos com até 50 participantes).  
Conteúdo Programático: 

1. Motivação - Autoconhecimento; - Auto-Estima.

2. Ética - Como resolver conflitos de trânsito, mantendo a ética; - A importância da prática de valores positivos no trânsito.

3. Métodos e Técnicas de Educação para o Trânsito - Recursos educativos para o trânsito; - Educando crianças para o trânsito; - Educando adolescentes para o trânsito; - Educando adultos para o trânsito; - Educação de trânsito para pedestres; - Educação de trânsito para ciclistas; - Educação de trânsito para motociclistas; - Educação de trânsito para motoristas profissionais e amadores. - Educação para o trânsito nas escolas - Aplicação das diretrizes Nacionais da Educação para o Trânsito (portaria 147 do Denatran) - Formando professores multiplicadores.  

4. Campanhas Educativas de Trânsito - Projetos de educação para o trânsito; - Análise de campanhas educativas de trânsito; - Formato de campanhas educativas de trânsito - Planejamento, aplicação e avaliação de campanhas educativas de trânsito (resolução 314 do Contran).  

Carga Horária: 20 h/aulas

Material oferecido no curso: Apostila, CD contendo vídeos e apresentações em power point e as obras da professora Irene Rios.

2. Capacitação de Educadores de Trânsito - Formando Multiplicadores

Carga horária: 02 a 25 horas (conforme o tipo de treinamento).

Objetivo Proporcionar ferramentas aos educadores a fim de sensibilizá-los sobre a necessidade e possibilidade de adoção de medidas preventivas e permanentes, principalmente no tocante à mudança de atitude, e com isso, contribuir para a segurança e paz no trânsito.  

Conteúdo Programático - Conseqüências e causas da violência no trânsito;
- Prevenção da violência no trânsito;
- Aplicação das diretrizes Nacionais da Educação para o Trânsito (portaria 147 do Denatran)
- Educação para o Trânsito baseada em valores;
- O trânsito como tema transversal nas escolas;
- Educação para o trânsito contextualizada com livros didáticos;
- Educando crianças e adolescentes para o trânsito.  

Referências
Departamento Municipal de Trânsito de Ijuí – RS 


Departamento Municipal de Trânsito de Palhoça - SC

DETRAN da Bahia 

Departamento Municipal de Trânsito de Santa Rosa – RS 

UNIVALI - Universidade do Vale de Itajaí - SC 

- Departamento de Polícia Rodoviária Federal - SC 
- CETRAN de Santa Catarina 
- Fórum Catarinense pela Preservação da Vida no Trânsito 
- Secretaria Municipal de Educação de São Pedro de Alcântara - SC 
- Unochapecó - Chapecó - SC 
- Secretaria Municipal de Educação de São João Batista - SC 
- Secretaria Municipal de Educação de Curitibanos - SC

CONSULTORIA


Plano de ações:

1. Capacitação dos Educadores
- Sensibilizá-los sobre a necessidade do trabalho educativo de trânsito;
- Conscientizar o professor sobre sua responsabilidade na educação para o trânsito;
- Demonstrar a possibilidade do desenvolvimento de atividades transversais de trânsito contextualizada com o currículo escolar.

2. Encontros quinzenais com os professores que irão participar do projeto. · Usar os horários em que os alunos estejam em aula de educação física ou artes para esses encontros. · Planejar com os professores as disciplinas e os conteúdos que serão trabalhados junto com o tema trânsito. · Oferecer aos professores planos de aula e sugestões de atividades relacionadas aos conteúdos curriculares.
· Desenvolver junto com os educadores, atividades transversais de trânsito, envolvendo diversos conteúdos curriculares, usando diversos recursos educativos; · Acompanhar, orientar e avaliar o trabalho de Educação para o Trânsito, desenvolvido pelos professores.


Referência

Departamento Municipal de Trânsito de Palhoça - SC

PUBLICAÇÕES 


Autora: Irene Rios da Silva  

Sinopse: Um manual que contém em cada página espaço para anotações e dicas relacionadas à segurança no trânsito, aos cuidados com o veículo e à prática de valores positivos. Entre as páginas há também a relação de atitudes incorretas no trânsito, que podem resultar em penalidades. Convém salientar que essas penalidades podem ser de prejuízo econômico, pessoal, social ou moral. Essas orientações algumas vezes estão ilustradas com paródias educativas. Ao final foram inseridas tabelas que servirão para controle e manutenção do veículo. A impressão pode ser com capa e páginas personalizadas com logo e texto fornecidos pelo órgão ou empresa.  

2. Diego, o Passageiro de Ônibus / O Passeio de Bruna 

  Autora: Irene Rios da Silva  

Sinopse: Livro com duas histórias infantis para colorir. Ambas baseadas em segurança no trânsito e em valores. Em, “Diego, o Passageiro de Ônibus”, são enfatizadas as atitudes corretas de um passageiro de transporte coletivo e em “O Passeio de Bruna”, é dado destaque ao transporte de crianças no automóvel. 
3. Tiago e sua Bicicleta / Que Pressa, Luana!  

Autora: Irene Rios da Silva  

Sinopse: Livro com duas histórias infantis para colorir. Uma maneira Lúdica de aprender a transitar com segurança. Em, “Tiago e sua Bicicleta”, são destacados os cuidados focados nos ciclistas e em, “Que Pressa, Luana!”, os cuidados relacionados aos pedestres. 

Autora: Irene Rios da Silva  

Sinopse: Livro contendo 26 crônicas, com linguagem adequada à adolescentes e adultos. Relatos, descrições e opiniões sobre o cotidiano no trânsito. Textos com um toque de humor e ironia, porém com situações que nos fazem refletir sobre as atitudes dos motoristas, dos pedestres e dos ciclistas. 

Autora: Irene Rios da Silva  

Sinopse: Livro com 124 páginas ilustradas, composto por quatro narrativas infantis e quinze paródias, gravadas em CD. As narrativas enfatizam informações relacionadas ao comportamento do passageiro de ônibus, do ciclista, da criança no automóvel e do pedestre. Indicado para crianças de 7 a 10 anos.

 Quem já adquiriu:
 
- DITRAN - Departamento de Trânsito de Gaspar - SC
- CFC "A" Louveira - SP
- Departamento Municipal de Trânsito de Ijuí - RS
- Departamento Municipal de Trânsito de Palhoça - SC 
- Prefeitura de Itajaí - SC 
- Secretaria Municipal de Educação de Faxinal do Guedes - SC 
- Secretaria Municipal de Educação de Ascurra - SC 
- Secretaria Municipal de Educação de Laguna - SC 
- Secretaria Municipal de Educação de Taió - SC 
- Secretaria Municipal de Educação de Ituporanga - SC 
- Secretaria Municipal de Educação de Agrolândia - SC 
- Secretaria Municipal de Educação de São João Batista - SC 
- Secretaria Municipal de Educação de Antônio Carlos - SC 
- Secretaria Municipal de Educação de Botuverá - SC 
- Secretaria Municipal de Educação de Biguaçu - SC 
- Secretaria Municipal de Educação de São Pedro de Alcântara - SC 
- Secretaria Municipal de Educação de Barra Velha - SC 
- Secretaria Municipal de Educação de Itaiópolis - SC 
- Secretaria Municipal de Educação de Penha - SC 
- Secretaria Municipal de Educação de Vidal Ramos - SC 
- Secretaria Municipal de Educação de Cocal do Sul - SC 
- Secretaria Municipal de Educação de Rodeio - SC 
- Secretaria Municipal de Educação de Presidente Getúlio - SC 
- Diversos cidadãos e instituições de várias regiões do Brasil.  

6. Sou Educado no Trânsito
Apostila para professores, composta por 25 planos de aulas de educação para o trânsito, contendo sugestões de atividades contextualizadas com os livros didáticos que serão usados em 2010, 2011 e 2012. Apostila para alunos, composta por atividades contextualizadas com os livros didáticos que serão usados em 2010, 2011 e 2012, para serem utilizadas em 25 aulas de educação para o trânsito.



Autor: Alvacir Borges. 
Sinopse: 
Pintando e Aprendendo – 2º Ano (1ª série): apostila no formato 21 x 29.7 cm, preto & branco, contendo 48 páginas com textos, atividades e ilustrações para colorir, dividida em 21 aulas. Nesta apostila a educação no trânsito se desenvolve através de desenhos, pinturas e sugestões de aulas práticas fora de sala de aula, enfatizando o dia-a-dia de um pedestre.

O Presente de Lucas – 4º Ano (3ª série): apostila no formato 21 x 29.7 cm, preto & branco, contendo 32 páginas com textos, atividades e ilustrações para colorir, dividida em 17 aulas. Lucas, vive um dia muito especial, ao descobrir junto de seu amigo robô Zee que podemos aprender muito sobre trânsito em um simples passeio pela rua. Muitas surpresas o aguardam até o fim dessa aventura.

O Sonho de Lucas – 5º Ano (4ª série): apostila no formato 21 x 29.7 cm, preto & branco, contendo 40 páginas com textos, atividades e ilustrações para colorir, dividida em 22 aulas. Lucas vive um dia especial, junto com sua professora, ele e sua turma visitam a biblioteca da cidade. Novas surpresas o aguardam ao descobrir o poder que os livros têm ao transportá-lo ao mundo da imaginação. Um passeio pela história faz parte dessa curiosa aventura em busca do seu amigo Zee. Estamos à disposição para outras informações. 

Atenciosamente,  

Irene Rios 
· Especialista em Meio Ambiente, Gestão e Segurança de Trânsito e em Metodologia de Ensino.
· Escritora, palestrante e Consultora na área de Educação para o Trânsito.
· Professora universitária de Educação no Trânsito e de Campanhas Educativas de Trânsito.
· Com 23 anos de experiência em educação, sendo sete em Educação para o Trânsito. 
Fones: (48) 3246-8038 (48) 9944-9448

EMPRESAS  
EDUTRANEC - Educação para o Trânsito e Eventos Culturais
Ilha Mágica Editora
Fone: (48) 3246-8038 E-mail: ilhamagica@ilhamagica.com.br

23 de jan. de 2010

Propostas de Política Nacional de Trânsito será entregue ao presidente do Detran

Depois de muitos estudos, encontros e discussões, a Comissão responsável pela elaboração da PNT - Política Nacional de Trânsito, presidida pelo chefe de gabinete do Detran/TO, Flávio Moreira, finaliza construção de propostas. Assim, nesta sexta-feira, 22, às 14h, a comissão entrega estudo ao presidente do órgão, Evandro Gomes, que encaminhará o trabalho para discussão nacional, em Brasília, em data a ser definida pelo presidente do Denatran – Departamento Nacional de Trânsito, Alfredo Perez da Silva no próximo encontro da AND – Associação Nacional dos Detrans. Segundo o presidente da comissão, mais de duas mil pessoas participaram no levantamento das propostas que serão apresentadas, e tratam dos mais variados segmentos relacionados ao trânsito, fundamentados na problemática nacional. O assunto educação no trânsito, foi um dos temas mais abordados e sugeridos durante estudo. O estudo da PNT contou com representantes dos poderes públicos e entidades como a Secretaria Estadual da Educação, Polícia Militar, ATTM, DNIT, Polícia Rodoviária Federal, Conselho Estadual de Trânsito e Associação dos Centros de Formação de Condutores de Palmas. Além do Tocantins foram escolhidos os Estados do Piauí e Santa Catarina para compor o Grupo de Trabalho que formatará o documento. As sugestões elaboradas, juntamente com o Denatran, após serem debatidas com a Câmara e o Senado serão encaminhas aos candidatos à Presidência da República logo que definidos. (Informações da Ascom/Detran) Fonte: http://www.ogirassol.com.br/pagina.php?editoria=%C3%9Altimas%20Not%C3%ADcias&idnoticia=12327 (acesso em 23/01/2010)

21 de jan. de 2010

Trânsito mais Gentil em Santos

Seg, 18 de Janeiro de 2010 16:44 - Fabiane Pupo - NOTÍCIAS - Seguros

Movimento que inspira mais tolerância e gentileza no tráfego chega a Santos 

Moradores e motoristas de Santos que gostariam de promover mais gentileza, tolerância e bom humor nas ruas da cidade já podem aderir ao Movimento “Trânsito mais Gentil: Um trânsito melhor começa com você”. No Centro Automotivo Porto Seguro*, promotores distribuem livremente em shoppings, supermercados e postos de gasolina, aos segurados materiais informativos, cartões e adesivos para incentivar a gentileza do segurados no trânsito. Um dos materiais, o cartão do movimento, contém um lado vermelho com ‘carinha triste’ e um lado azul com ‘carinha feliz’, para que o motorista possa interagir de forma bem humorada com erros e acertos nas ruas. “Dessa forma, podemos lidar com pequenos conflitos do dia a dia sem estresse ou confusão”, explica Marcelo Sebastião, diretor do produto Auto da Porto Seguro. *O Centro Automotivo Porto Seguro em Santos fica na Av. Washington Luís, 176 - F: (13) 3324-7543 / 2101-2300. 

Conscientização com humor 

O movimento “Trânsito mais Gentil” envolve ações que estão programadas para acontecer também durante todo o ano de 2010. Vídeos e outros materiais serão veiculados principalmente na internet e em canais de televisão a cabo. É possível acompanhar vídeos e ações pelo site da campanha: www.transitomaisgentil.com.br. Os internautas também podem seguir o “transitogentil” no Twitter. “A ideia da campanha surgiu a partir da percepção de nossas próprias equipes de que a intolerância no trânsito tem aumentado”, explica Fabio Luchetti, vice-presidente executivo da Porto Seguro. “O tempo gasto com transporte já é suficientemente estressante. Por isso, nossa intenção é estimular a reflexão por meio do humor e do testemunho de figuras públicas, que também são motoristas, para que as pessoas evitem ou não agravem situações que diariamente causam mais desgaste e até mesmo violência nas ruas”, completa José Roberto Montoro, diretor de produção da Porto Seguro. Para gravar os vídeos, a Companhia convidou personalidades que atuam em novelas, programas de humor, comédias “stand-up”, entre outras. Já aderiram à campanha os atores Malvino Salvador, Rodrigo Lombardi e Marco Ricca; as atrizes Alessandra Maestrini (a “Bozena” de Toma Lá Dá Cá) e Regiane Alves; e o apresentador e humorista Marco Luque, do “CQC”.  

Comportamento humano e trânsito 

Para desenvolver as ações que serão promovidas ao longo da campanha, a Porto Seguro se baseou em diversos estudos sobre a relação entre comportamento humano e trânsito. Entre as fontes consultadas, estão alguns estudos, como “Driving Anger Scaler” (Deffenbacher, Oetting e Lynch, 1994), que identificou as situações que mais “irritam” o motorista no trânsito (dirigir colado à traseira do carro; farol alto aceso; ultrapassagem pela direita; pedestre que atravessa a rua lentamente; congestionamentos; buzinaço; entre outras). Levantamentos de instituições de trânsito brasileiras, como o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), estimam que, todos os anos, 35 mil pessoas morrem no País vítimas de acidentes de trânsito causados por falha humana. Conheça a nova campanha Porto Seguro: http://www.transitomaisgentil.com.br/ 

19 de jan. de 2010

Cidades poderão ganhar conselhos comunitários de trânsito

18/01/2010 - 11:12:03 A Câmara analisa o Projeto de Lei 6072/09, do deputado Márcio Marinho (PR-BA), que institui o conselho comunitário de trânsito nos municípios integrados ao Sistema Nacional de Trânsito. A proposta modifica o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9503/97) e determina que a criação desse conselho caberá aos órgãos de trânsito de cada cidade, inclusive a regulamentação de seu funcionamento. Entre as funções desse conselho estarão: - defender direitos e cobrar o cumprimento de deveres relacionados ao trânsito; - colaborar, opinar e solicitar esclarecimentos em matéria que diga respeito ao trânsito; - realizar seminários, palestras e pesquisas de opinião que contribuam para a resolução de problemas relacionados ao trânsito; - promover campanhas de educação de trânsito; e - colaborar com a criação e a manutenção de cursos profissionalizantes, ligados ao trânsito. Composição A proposta prevê também que o conselho deverá ter na sua composição representantes de órgãos e instituições públicas, de associações civis dedicadas à melhoria do trânsito, de associações de moradores e de sindicatos patronais e de trabalhadores, além de pessoas físicas com notório saber em matéria de trânsito. Em todos os casos a participação não será remunerada. O autor argumenta que é natural que a população seja chamada a contribuir para a garantia de um direito cuja defesa não depende apenas da ação das autoridades, mas também da conscientização de motoristas e pedestres. "Por mais bem preparadas que sejam as pessoas que atuam nos órgãos de trânsito municipais, é inegável que têm muito a ganhar em experiência e informação se puderem contar com a ajuda e com as críticas dos cidadãos que se interessam pelo destino do trânsito em sua cidade", afirma. Participação popular Ele acrescenta que o conselho estimulará a participação popular na definição de políticas e de estratégias de condução do trânsito local. Além disso, os conselhos não exigirão mais gastos dos municípios, já que a participação será voluntária. O parlamentar lembra que muitas vezes falta harmonia de atividades e de políticas entre os diversos agentes de governo. A instituição de meios para facilitar o contato da população com esses agentes vai contribuir para tornar as ações nessa área mais eficazes. Câmara dos Deputados Fonte: http://www.clicabrasilia.com.br/portal/noticia_new.php?IdNoticia=134001 (acesso em 19/01/20010)

18 de jan. de 2010

Cinquenta anos do cinto de segurança veicular

Usá-lo ou não usá-lo no banco traseiro? Eis a questão. Em 1985 a Alemanha considerou o cinto de segurança a invenção mais importante do século.
Completando 50 anos de sua invenção, o cinto de segurança nos veículos ainda é a grande proteção no transporte. Durante a última grande guerra mundial a preocupação com relação à aviação era como fixar o piloto na cadeira para poder executar sua tarefa com segurança. A mesma coisa acontecia com o motorista que numa desaceleração brusca sofria lesões graves.
Em agosto de 1959 o engenheiro sueco Nils Bohlin, da Volvo, lançava o cinto de segurança de três pontos após um ano de estudos e experimentos.
Em 1985 a Alemanha entusiasmada com o sucesso do equipamento de segurança individual o considera o invento mais importante do século.
Em 1994 o cinto de dois pontos passou a ser obrigatório no Brasil. Três anos após, 1997, adotou-se o cinto de três pontos no banco dianteiro. Hoje é obrigatório em qualquer situação.
Quantas lesões deixaram de existir, quantos deixaram de serem ejetados do habitáculo e quantos traumas de face, de crânio, arcada dentária, tórax, lesão visceral, de coluna vertebral, de bacia deixaram de existir. Acreditamos que esse simples EPI trouxe a todos uma redução de 90% das lesões produzidas num acidente.
Os Estados Unidos estima que 100.000 americanos sejam salvos de tais lesões a cada ano. A Volvo estima em um milhão em todo mundo.
Fato é que o cinto de segurança reduz em 45% o risco de morte no banco da frente e de 25 a 75% o risco de morte no banco trazeiro. Costumamos dizer que no transporte temos três tipos de colisões:
1ª - Colisão: Quando é absorvida a energia maior do impacto causando dano material. Deformidades da carcaça do veículo.
2ª - Colisão: Com as partes moles do transportado. Pele, subcutâneo, músculo, vasos, nervos e vísceras.
3ª - Colisão: É a de maior profundidade que atinge a estrutura óssea.
O cinto de segurança de três pontos dá uma boa proteção a partes que antes do seu uso eram vulneráveis quer numa frenagem brusca ou desaceleração por colisão.
 
Veja a proteção dada: 
Quadril - 100%
Coluna - 60%
Cabeça - 56%
Tórax - 45%
Abdome - 40%

O não uso do cinto no banco traseiro permite que o passageiro ali alojado seja projetado para frente com a velocidade que estava o veículo no momento do impacto acoplado a sua massa física, indo de encontro ao encosto do banco dianteiro e de encontro à coluna cervical e crânio do motorista ou passageiro do banco dianteiro. Nesse caso passando a ser agente causal de lesões graves e muitas vezes gravíssimas, podendo ocorrer até lesão raquimedular com tetraplegia, parada respiratória seguida de parada cardíaca.
Não temos dúvida que a ausência do cinto de segurança no banco trazeiro agrava lesões de quem está no banco dianteiro. Pode ainda ocorrer à ejeção através o pára-brisa, o que quase sempre é igual a óbito.
No Brasil, apenas 3 a 7% dos usuários de veículos usam o cinto no banco traseiro.
Até 1999 não se usava tal equipamento em coletivos, hoje são obrigatórios. Somente nos coletivos que transportam passageiros de pé não é obrigatório
Mesmo entendendo os benefícios do cinto temos visto aqueles que o desprezam no banco trazeiro em veículos de passeio, táxis, caminhões e coletivos. Cabe a todos, motoristas e passageiros a conscientização dos riscos e a utilização desse equipamento de segurança como única proteção imediata na vigência de um acidente mesmo para aqueles que dispõem de "Air Bag".  

Dr. Dirceu Rodrigues Alves Júnior, médico, diretor da ABRAMET (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego - www.abramet.org.br ) drdirceu@transportabrasil.com.br 

Artigo publicado originalmente no portal Transporta Brasil.  

Fonte: http://www.perkons.com/?page=noticias&sub=opiniao&subid=412 (acesso em 18/01/2010)

Agetran prepara nova campanha educativa de retorno às aulas

A Divisão de Educação da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) está preparando a campanha “Volta às aulas”, que deve começar no dia 25 de janeiro. Serão repassadas orientações básicas de segurança no trânsito, com a distribuição de folders educativos que abordam o tema “Trânsito seguro no caminho da escola”, em 22 estabelecimentos de ensino da região central da cidade. Os educadores de trânsito vão realizar o trabalho preventivo com aos pais, nos horários de entrada e saída da escola. A novidade deste ano é que a Agetran vai implantar uma sinalização específica para embarque e desembarque em 22 escolas da área central. “Só faremos a sinalização em locais onde a via permite, para não atrapalhar o trânsito”, explica a técnica em Educação para o trânsito, Silvana Pereira. Entre as medidas educativas repassadas pela Agetran estão a utilização do cinto de segurança por todos os ocupantes do veículo, não usar celulares ao volante, não ultrapassar o sinal vermelho, não parar em faixa dupla e sinalizar quando for fazer uma conversão. No caso do uso obrigatório da cadeirinha para crianças de até 10 anos, ou com peso de até 35 kg, a campanha educativa termina no dia primeiro de maio. A partir dessa data, os agentes de trânsito vão autuar os infratores com base na resolução 277, de 2008, do Conselho Nacional de Trânsito. “Todo ano é feita a campanha educativa e todo ano as infrações se repetem”, argumenta Silvana. Outra irregularidade observada pela técnica da Agetran “é o sanduíche de criança na moto, que é transportada junto com o pai e mãe”. Nestes casos, a legislação de trânsito determina que só duas pessoas sejam transportadas numa moto. As crianças só estão autorizadas a andar no veículo a partir dos sete anos. Fonte: http://www.msnoticias.com.br/?p=ler&id=31723 (acesso em 18/01/2010)

Seja sustentável na sua mobilidade

Que tal começar o ano decidindo por uma vida pautada pela sustentabilidade? Há muitas maneiras de ser ecologicamente correto que não demandam grandes investimentos de dinheiro e nem de tempo. Ai vão algumas dicas práticas: ANDE MENOS DE CARRO. Use menos o carro. Se você deixar o carro em casa 2 vezes por semana, deixará de emitir 700 quilos de poluentes por ano. CURTA O ÔNIBUS. Um simples ônibus a diesel chega a fazer cerca de 2 quilômetros por litro de combustível na cidade e emite cerca de 1.300 gramas de dióxido de carbono por quilômetro. Mesmo com 20 passageiros, isso equivale a 65 gramas por pessoa para cada quilômetro viajado, muito menos que a média de um carro que é 169 por quilômetro. FAÇA UMA ÚNICA VIAGEM. Planeje com antecedência suas saídas. Não desperdice tempo e nem emita tanto carbono. PEGUE CARONA. Divida sua viagem com alguém que esteja indo para o mesmo destino. Com quatro pessoas no carro, você vai produzir 35 gramas de dióxido de carbono por pessoa num carro que emite 140 gramas. Organizar caronas com amigos muitas vezes depende somente de um telefonema. NÃO DEIXE O BAGAGEIRO VAZIO EM CIMA DO CARRO. Qualquer peso extra no carro causa aumento no consumo de combustível. Um bagageiro vazio gasta 10% a mais de combustível, devido ao seu peso e o aumento da resistência do ar. MANTENHA SEU CARRO REGULADO. Calibre os pneus a cada 15 dias e faça uma revisão completa a cada seis meses. Carros regulados poluem menos. A manutenção correta de apenas 1% da frota de veículos mundial representa meia tonelada de gás carbônico a menos na atmosfera. LAVE O CARRO A SECO. Existem diversas opções de lavagem sem água, algumas até mais baratas do que a lavagem tradicional, que desperdiça centenas de litros a cada lavagem. Procure no seu posto de gasolina ou no estacionamento do shopping. QUANDO FOR TROCAR DE CARRO, ESCOLHA UM MODELO MENOS POLUENTE. Apesar da dúvida sobre o álcool ser menos poluente que a gasolina ou não, existem indícios de que parte do gás carbônico emitido pela sua queima é reabsorvida pela própria cana de açúcar plantada. Carros menores e de motor 1.0 poluem menos. Na Grande São Paulo, onde no horário de pico anda-se a 10km/h, não faz muito sentido ter carros grandes e potentes para ficar parados nos congestionamentos. FAÇA COMPRAS POR PERTO. Cerca de 5% dos quilômetros percorridos são para comprar comida. Assim, ir a pé pode fazer uma verdadeira diferença na redução dos congestionamentos. Não é apenas o meio ambiente que se beneficia com as compras realizadas no comércio do bairro. Uma ampla gama de pequenas lojas é importante para construir comunidades seguras e amigáveis. USE O TELEFONE OU A INTERNET. A quantas reuniões de 15 minutos você já compareceu esse ano, para as quais teve que dirigir por quase uma hora para ir e outra para voltar? Usar o telefone ou skype pode ser uma boa alternativa. PEÇA PARA ENTREGAR EM CASA. É lógico que os veículos que fazem entregas também vão para as ruas, mas podem entregar compras em várias casas em uma só viagem e economizar no número total de circuitos realizados. Se a entrega for feita de bicicleta o ganho para o meio ambiente ainda é maior.
Enfim, tente viver harmoniosamente em 2010! Cristina Baddini Lucas Especialista em Trânsito, Consultora do Diário crisbaddini@dgabc.com.br e visite o blog: http://olhonotransito.blogspot.com Fonte: http://www.perkons.com/?page=noticias&sub=opiniao&subid=408 (acesso em 18/01/2010)

Brasil avança na educação no trânsito

No ano da educação no trânsito o Ministério das Cidades, através do Denatran e Contran, investiu em atividades voltadas para a capacitação de profissionais da área de trânsito, educação para a cidadania no trânsito e publicidade de utilidade pública. Dentre os avanços promovidos em 2009, o destaque foi a publicação das Diretrizes Nacionais da Educação para o Trânsito na Pré-Escola e no Ensino Fundamental. A partir das Diretrizes será possível que os educadores desenvolvam atividades que promovam, por exemplo, a importância de atitudes voltadas ao bem comum, a análise e a reflexão de comportamentos seguros no trânsito. As publicações das Diretrizes foram enviadas para todas as escolas brasileiras totalizando 1.874.060 exemplares distribuídos. Para o público infanto-juvenil o Denatran desenvolveu o Projeto Pela Estrada Afora, uma série de filmes composta por 12 programas educativos. Os programas foram exibidos pela TV Cultura e em breve estarão disponíveis no site do Denatran. Outra ação do Departamento foi o Projeto Viva o Trânsito voltado para alunos do Ensino Fundamental. O Projeto consiste em um material composto por três livros paradidáticos com seis histórias infanto-juvenis e 1 software educativo. O material foi distribuído a 60.081 escolas de ensino fundamental, totalizando 1.441.994 exemplares. Para os alunos do ensino médio foi desenvolvido o Ciclo de Palestras Trânsito Consciente. O projeto piloto foi realizado em Florianópolis/SC, Curitiba/PR, Belo Horizonte/MG, Brasília/DF, Recife/PE e Porto Alegre/RS. Participaram, aproximadamente, 7.297 alunos. O Denatran promoveu ainda cursos de Legislação de Trânsito, Requalificação Didática de Instrutor de Trânsito, Análise de Recursos de Infrações de Trânsito (ARIT), Legislação e ARIT, Gestão de Trânsito, Cursos Extras de Educação e Atualização Profissional de Policiais Militares do DF, capacitando 6.749 profissionais que atuam nos órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito (SNT). Os cursos atingiram 69% dos municípios integrados SNT. Outra ação de destaque é o Denatran Responde, que consiste em uma série de livretos educativos elaborada especificamente para responder às questões recorrentes ao tema trânsito. O primeiro volume é voltado para os motociclistas. Até o momento foram distribuídos 940.000 livretos para órgãos e entidades do SNT, assim como para outras instituições ligadas ao setor. No site do Denatran é possível solicitar o material. Em 2009, o já consolidado concurso Prêmio Denatran de Educação no Trânsito recebeu aproximadamente 18 mil trabalhos. Na 9° edição do concurso os 29 melhores trabalhos entre poesias, músicas, desenhos, fotografias, campanhas, projetos e obras técnicas sobre o tema trânsito foram premiados. O Departamento também investiu R$ 120 milhões em campanhas de utilidade pública. Com os temas Por você e pelos outros, respeite as leis de trânsito; Sou legal no trânsito; Motorista Legal é motorista consciente e Seguro DPVAT, as campanhas abordaram questões referentes à cidadania no trânsito e a importância da boa convivência entre pedestres, ciclistas, motociclistas e motoristas. Por meio de uma parceria com a Universidade de Brasília (UnB), o Denatran implementará a “Plataforma Educacional do Denatran – Sistema de Avaliação de Examinadores e de Instrutores de Trânsito e Escola Virtual”, capaz de gerar provas para avaliar o grau de conhecimento dos examinadores e dos instrutores de trânsito, conforme prevê a Resolução n. 321/2009 que institui o exame obrigatório a estes profissionais. Além disso, a plataforma possibilitará cursos a distância aos profissionais que atuam no SNT. Normas do Contran referentes à educação no trânsito Escola Pública de Trânsito O Contran através da Resolução 207 estabeleceu critérios de padronização para funcionamento das Escolas Públicas de Trânsito em todos os órgãos executivos de trânsito do País. Segundo a norma, a EPT destina-se prioritariamente à execução de cursos, ações e projetos educativos voltados para o exercício da cidadania do trânsito. Os profissionais para atuarem na EPT deverão ter formação e/ou capacitação específica em trânsito. Trânsito no ensino médio A Resolução 265 do Contran instituiu o tema trânsito como atividade extracurricular em instituições de ensino médio. Segundo a Resolução, os alunos que freqüentarem 75% das atividades extracurriculares receberão os certificados das instituições de ensino. Os alunos que realizarem essas atividades poderão dar início ao processo de obtenção da Permissão para Dirigir sem a necessidade de freqüentar o curso de formação teórico de condutores. A implantação dessas atividades pelas escolas é autorizada pelos Detrans. A carga horária das atividades desenvolvidas deverá ser de no mínimo 90 horas-aula. Os profissionais que ministrarem as atividades extracurriculares devem apresentar certificado de conclusão do curso de formação de instrutor de trânsito. Exame para instrutores e examinadores A Resolução 321/2009 do Contran tornou obrigatório o exame de avaliação de instrutores e examinadores de trânsito. De acordo com a Resolução, caberá aos Detrans, seguindo as determinações do Denatran, a realização de provas eletrônicas, que deverão ocorrer a cada três anos. O profissional que não atingir nota igual ou superior a 70 terá seu credenciamento suspenso até que apresente ao Detran o certificado de participação na atividade de requalificação. A data da primeira prova ainda será definida pelo Denatran. Regras para campanhas educativas O Contran também definiu regras para a realização de campanhas educativas de trânsito promovidas pelos órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito. O objetivo foi estabelecer padrões para unificar concepções e valores que serão transmitidos por meio das campanhas. De acordo com a Resolução 314, as campanhas educativas além de promoverem a segurança no trânsito também devem provocar comportamentos éticos e de cidadania na sociedade como um todo. Independentemente dos recursos disponíveis e da mídia utilizada, todas as campanhas devem ser planejadas e preferencialmente abordar ações positivas. Segundo a norma, os aspectos negativos, como a apresentação de violência devem ser tratados com cuidado a fim de se evitar a anodinia.

Fonte:

http://www.denatran.gov.br/ultimas/20100115_educacao.htm (acesso em 18/01/2010)

13 de jan. de 2010

Educação para o Trânsito Contextualizada com Livros Didáticos.



No artigo O trânsito como tema transversal nas escolas, funciona?, defendi, com base principalmente em minhas experiências enquanto educadora, que para que haja êxito no trabalho educativo de trânsito nas escolas é necessário a adaptação da educação para o trânsito aos conteúdos curriculares.

Em continuidade à busca de alternativas visando promover e facilitar o trabalho educativo de trânsito nas escolas, realizei uma pesquisa (via on-line) com alguns professores, a fim de verificar quando trabalham o tema em suas aulas. A maioria respondeu que dão aulas de educação para o trânsito apenas na Semana Nacional de Trânsito ou quando o conteúdo é citado nos livros didáticos.

É uma pesquisa que merece ser ampliada e aprofundada, no entanto, seu resultado motivou a reflexão sobre a importância dos livros didáticos para a prática da transversalidade do tema trânsito nas escolas. Hoje em dia, praticamente todos os alunos usam livros didáticos (alguns no formato de apostilas). Seu uso no Brasil teve início do século XIX.  A princípio era privilegio de poucos, mas com o passar do tempo foi se tornando um instrumento educativo essencial nas redes de ensino. Quem não lembra do seu tempo de estudante e dos livros didáticos que usava. Utilizei muito essa ferramenta, não apenas enquanto estudante, mas também ao exercer a profissão de professora. Clécio dos Santos Búzen Júnior em sua tese “Dinâmicas Discursivas na Aula de Português: Os usos do livro didático e projetos didáticos autorais”, caracteriza o livro didático como:

“um objeto de consumo que direciona as aulas dos professores a tal ponto de controlar “todas” as ações didáticas. Não é à toa que classificamos, com base em outros autores, o livro didático como a bíblia do professor (cf. BUZEN, 2001).”

Conforme descrito no Portal do MEC (Ministério da Educação), no Brasil, desde 1929 vêm sendo distribuídos livros didáticos à rede pública de ensino.  O mais antigo programa voltado à distribuição de obras didáticas aos estudantes brasileiros é o PNLD - Programa Nacional do Livro Didático. Iniciou com outra denominação, porém, ao longo desses quase 70 anos, o programa se aperfeiçoou e teve diferentes nomes e formas de execução. O PNLD é voltado para o ensino fundamental público, incluindo as classes de alfabetização infantil.

Os livros devem ser usados por três anos, ou seja, os alunos recebem no início do ano letivo e devolvem no final do ano para que, nos anos seguintes, outros alunos possam usar os mesmos livros. As edições são impressas no estilo não-consumível, isto é, não há espaço no livro para a resolução das atividades, devendo os alunos resolve-las no caderno.

Em 2009, os professores se reuniram para fazer a escolha de livros para atender ao triênio 2010/2011/2012, correspondente aos seguintes componentes curriculares:

1º e 2º ano: Letramento e Alfabetização Lingüística; Alfabetização Matemática;
3º ao 5º ano: Língua Portuguesa e Matemática;
2º ao 5º ano: Geografia, História e Ciências.
(Relação de livros indicados pelo MEC no Guia de Livros Didáticos - PNLD 2010).

O que há nos livros didáticos, distribuídos às escolas públicas para serem usados nos anos de 2010, 2011 e 2012, sobre Educação para o Trânsito? A resposta a essa questão requer uma análise profunda, em longo prazo, pois como em cada escola os educadores têm liberdade para escolher, há bastante diversidade nas obras adotadas.

Entretanto, em curto prazo é possível verificar a freqüência que o tema trânsito é citado nos livros didáticos adotados em uma determinada escola. Realizei esta análise. Não elegi nenhuma escola, escolhi aleatoriamente cinco obras que contemplassem as disciplinas do 3º ano do Ensino Fundamental, adotadas pelo programa PNLD. Os livros analisados foram:

Aprendendo Sempre: Língua Portuguesa – 3º Ano - de Angélica Carvalho Lopes, Cláudia Miranda e Vera Lúcia Rodrigues - Editora Ática. Composto por 10 unidades que contemplam os temas: Tão iguais e tão diferentes; Viver e conviver; é o bicho!; Trocando mensagens; Quem conta um conto; De olho na telinha; Essa gente brasileira; S.O.S. Terra!; As cores das estações; Como é gostoso ler histórias!

Esta obra apresenta poucos conteúdos relacionados diretamente aos cuidados no trânsito. No entanto há diversos textos que enfatizam a prática de boas atitudes, tão necessárias à segurança viária. Na unidade 02, por exemplo, o tema “Viver e conviver”, dá destaque para a convivência em grupo e o respeito ao outro. Atitudes que buscamos, enquanto educadores para o trânsito. Na unidade 06 é dada ênfase aos comerciais de TV, incentivando os estudantes a terem uma visão crítica sobre determinadas propagandas. Excelente oportunidade para inserir nesta visão crítica os comerciais que induzem à velocidade e ao consumo de bebidas alcoólicas.

Fazendo e Compreendendo Matemática – 3º Ano – de Manhúcia Perelberg Liberman, Lucília Bechara Sanchez – Editora Saraiva Livreiros Editores. Composto por 14 unidades. Neste livro é feito referência, pelo menos duas vezes, a atitudes de segurança no trânsito. Na página 107 os autores orientam os leitores a atravessar a rua de maneira correta, usando o percurso mais seguro. Na página 172, há o incentivo ao uso do capacete:

“Precisamos proteger nosso corpo quando corremos o risco de nos machucar. Nenhum motorista deve andar sem capacete (...) Quantos motoristas podem ser protegidos com 10 capacetes?”.

Há também, no decorrer da obra, várias citações de elementos de trânsito e de valores positivos que podem ser exploradas e adaptadas. Na página 75, por exemplo, é feita a seguinte pergunta:

“A prefeitura contou o movimento de veículos em uma avenida. Em 15 minutos passaram 8 ônibus e 37 carros. Quantos veículos passaram pela avenida durante esse tempo?”

Os professores podem aproveitar o conteúdo da questão e elaborar outras atividades que possibilitem a reflexão sobre a quantidade de pessoas transportadas nos oito ônibus e nos 37 carros e sobre a importância do uso transporte coletivo para a fluidez no trânsito e a pureza do ar.

Aprendendo Sempre: Geografia – 3º Ano, de Dora Martins Dias e Silva, José William Vesentini e Marlene Pécora – Editora Ática. A obra contém cinco capítulos: Famílias: vida e convivência; Nosso dia a dia na escola; Ruas de todo dia; Trabalhar é preciso; Um lugar para viver.

Embora haja bastante destaque à ocupação dos espaços, percebi pouca relação com a segurança de trânsito. Nas ilustrações das páginas 58 e 60, por exemplo, há uma criança transitando de bicicleta sobre as calçadas, sem menção de que essa atitude é inadequada. Por outro lado, os autores dedicaram uma unidade para falar das ruas, um dos assuntos proposto nas Diretrizes Nacionais da Educação para o Trânsito no Ensino Fundamental (portaria 147/2009 do Denatran), é preciso, no entanto, orientar os professores a trabalhar também nesta unidade os cuidados que os usuários das ruas devem ter com relação à segurança no trânsito.

Ciências – Descobrindo o Ambiente – 3º Ano, de Jordelina Lage Martins Wykrota, Nyelda Rocha de Oliveira e Simone de Pádua Thomaz – Editora Saraiva Livreiros Editores. A obra apresenta os temas: Lugar de Morar; Por toda Parte; Terra Cheia de Vida e Roda Viva. São explorados temas a respeito de moradias, planeta Terra, gravidade, atmosfera, água, estados físicos da água, chuvas, solo, além de noções sobre como medir o tempo. Esta obra apresenta, na unidade 01, alguns sinais de trânsito e sua importância. No decorrer do livro há também informações sobre orientação espacial e a poluição causada pelos veículos, assuntos que devem ser desenvolvidos pelos educadores de trânsito.

Aprendendo Sempre: História – 3º Ano, Dora Martins Dias e Silva, José William Vesentini e Marlene Pécora – Editora Ática. A obra está organizada em 06 capítulos – 06 temas – 31 subtemas: Capítulo 1: Conhecer o passado; Capítulo 2: Viver e aprender; Capítulo 3: Pelas ruas da cidade; Capítulo 4: Tempo de brincar; Capítulo 5: Tempo e trabalho; Capítulo 6: O que mudou ao longo do tempo. Similar ao livro de geografia, os autores dedicaram uma unidade para falar das ruas, porém, enfatizando também a segurança no trânsito:

“Para circular pelas ruas a pé ou de bicicleta, é importante conhecer algumas regras de segurança. Muitas ruas e calçadas são movimentadas, repletas de veículos e de pessoas andando de um lado para outro. Para evitar acidentes, devemos respeitar os sinais de trânsito.” (página 51)

Na página 110 é feito menção, através de texto e ilustrações, à evolução dos meios de transportes. No livro há diversas oportunidades que podem ser exploradas pelos professores nas aulas de educação para o trânsito.

Fiquei satisfeita com a análise das obras. Constatei que possuem ótima qualidade didática e educativa. Apresentam textos, atividades e imagens que estimulam os alunos a refletir e a desenvolver o conhecimento. Verifiquei também que as escolas brasileiras, que coincidentemente adotaram esses livros, possibilitarão aos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental algumas aulas de educação para o trânsito. Porém não o suficiente, pois para que tenhamos resultados positivos na educação para o trânsito com crianças é necessário persistência, ou seja, é recomendado que seja enfatizado o tema pelo menos uma vez por semana. O ideal é que seja dedicada uma hora/aula semanal à educação para o trânsito, podendo ser de maneira transversal, seguindo as recomendações das Diretrizes Nacionais da Educação para o Trânsito no Ensino Fundamental.

A educação para o trânsito nas escolas pode e deve ser adaptada aos livros didáticos. Os professores precisam ser orientados sobre como introduzir o tema trânsito e os valores positivos em suas aulas, baseado nos conteúdos constantes nas obras didáticas. É importante também oferecer ferramentas aos educadores, ou seja, um manual contendo diversas atividades de educação para o trânsito contextualizada com os livros didáticos. Dessa forma, o trânsito como tema transversal nas escolas funciona.

A seguir o exemplo de um Plano de Aula de Educação para o Trânsito, com sugestões de atividades contextualizadas com livro didático “Aprendendo Sempre: Língua Portuguesa – 3º Ano” – unidade 2.

Disciplina: Língua Portuguesa
Turma: 3º ano do Ensino Fundamental

Objetivos:
- Incentivar a boa convivência no trânsito;
- Estimular a obediência às regras de trânsito;
- Promover a segurança no trânsito;
- Revisar o emprego dos ditongos nasais (estudado na unidade 2).

Conteúdos:
- Convivência no trânsito;
- Regras de trânsito;
- Segurança no trânsito;
- Emprego dos ditongos nasais.

Estratégia:
- Aula expositiva dialogada, baseada nos textos e atividades constantes na unidade 2 do livro “Aprendendo Sempre: Língua Portuguesa – 3º Ano - de Angélica Carvalho Lopes, Cláudia Miranda e Vera Lúcia Rodrigues - Editora Ática, unidade 2, cujo tema é Viver e conviver...” e o conteúdo gramatical trabalhado é ditongo nasal.
- Resolução das atividades sugeridas na 1ª questão
- Correção das atividades da 1ª questão
- Leitura do texto “Meu automóvel”.
- Resolução em grupo do item “a” da 2ª questão.
- Discussão no grande grupo sobre as respostas do item “a” da 2ª questão.
- Resolução da cruzadinha.
- Correção da cruzadinha.

Sugestões de Atividades

1) No texto “algumas dicas para viver bem com os outros” (página 48 do livro de língua portuguesa), consta a seguinte regra:

“Tenho o direito de
freqüentar espaços
públicos que permitam
a entrada de crianças e
o dever de respeitar as
regras desses espaços.”

a) Cite os espaços públicos que você costuma freqüentar.
Professor(a), na correção da atividade enfatize o espaço da rua, caso não tenha sido citado.

b) A rua é um espaço público, composta por regras de circulação. Faça uma relação das regras que você deve seguir.
Sugestões: caminhar na calçada; atravessar a rua na faixa de pedestre; obedecer aos sinais de trânsito...

 

c) Por que devemos seguir as regras de trânsito?

Resposta pessoal. Professor(a), destaque o valor da vida, a importância da saúde e a boa convivência no trânsito.

 

2) Leia o texto a abaixo e resolva as questões a seguir:

 

Meu Automóvel

 

Eu tenho um automóvel diferente
que não assusta bicho
nem atropela gente.

Um automóvel
que espera na sua
até a tartaruga
atravessar a rua.

Um automóvel
que não ganha corrida
mas nunca fez ninguém
perder a vida.

Um automóvel
que durante a viagem
sem pressa nenhuma
admira a paisagem.

Um automóvel
que não polui o ar.
Subam nele, crianças:
vamos passear.

José Paulo Paes

a)     Responda oralmente: Quais as vantagens do automóvel citado no texto, para a vida?
Não atropela bicho, nem gente; espera a tartaruga atravessar; nunca fez ninguém perder a vida; admira a paisagem; não polui o ar.

b) Preencha as cruzadinhas abaixo com palavras retiradas do texto que possuem som nasal.

Avaliação:
O êxito da aula poderá ser avaliado através das respostas às atividades sugeridas, da participação dos alunos e na observação da mudança ou permanência de atitudes dos estudantes, nos dias que seguem a aula.

Este artigo representa uma nova etapa de minhas pesquisas em prol da educação para o trânsito. Meu objetivo é que as idéias aqui contidas sejam ampliadas e compartilhadas entre os educadores.

São José, 13 de janeiro de 2010.


IRENE RIOS DA SILVA, Especialista em Meio Ambiente, Gestão e Segurança de Trânsito e em Metodologia de Ensino; Professora universitária de Educação no Trânsito e de Campanhas Educativas de Trânsito; Autora de Artigos e livros sobre Educação para o Trânsito.