Edição: 1010 Data: 24/07/2009
Wanessa Rodrigues
Todos os dias, a consultora empresarial Flávia Christianne, 37, leva as amigas de profissão Luciane Mendes, 52, e Mônica Caixeta Campos, 23, para o trabalho e não cobra nada pela carona. No final da tarde, é a mesma coisa. Ela chega a passar três quarteirões de sua residência para deixar uma das amigas na porta de casa. A rotina já dura mais de sete meses e, para ela, traz como benefício companhia e segurança no trajeto de ida e volta para casa. Além disso, ao promover o transporte solidário, Flávia contribui para diminuir um problema que cresce a cada dia: o fluxo de veículos na capital.
“Imagina se cada motorista levasse outras três ou quatro pessoas para o trabalho ou outro lugar. Diminuiríamos de forma considerável o caos nas ruas de Goiânia”, diz a consultora. Mas nem todos pensam como ela e a maioria dos carros que trafegam pelas na capital são ocupados apenas pelo condutor. Para se ter uma ideia, no final da tarde de ontem, em período de 10 minutos, 57% dos 151 carros que passaram em um dos cruzamentos da Avenida 136 com a Avenida 132, no Setor Sul, estavam ocupados apenas pelo motorista.
O presidente da Agência Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (AMT), Miguel Tiago da Silva, observa que a intenção do órgão é elaborar projetos ou campanhas para diminuir o transporte individual e estimular o transporte solidário, o uso do transporte coletivo, táxi ou lotações na capital. “Gostaria muito de ver o estímulo ao transporte familiar, à carona aos vizinhos que vão ao jogo de futebol ou a qualquer outro evento”, diz.
Miguel Tiago diz que, apesar de o carro causar danos sociais (poluição, por exemplo), com o transporte solidário, o motorista passa a cumprir uma função social. “Ajuda um vizinho ou amigo. Entre todas as opções de transporte, o veículo do eu sozinho é o pior”, declara. Ele observa que, tendo em vista o número de veículos na cidade (cerca de 900 mil circulam todos os dias em Goiânia), a tendência é que o trânsito fique travado.
Outra questão apontada pelo presidente da AMT é fato de as ruas de Goiânia não terem sido projetadas para suportar grande número de veículo. Ele diz que as vias não têm estrutura para serem alargadas. Por isso, segundo Miguel Tiago, é necessário inverter as reflexões sobre as soluções de trânsito. Para ele, em vez de pensar como abrir espaço para mais carros, deve-se pensar em mais espaço para o pedestre e o ciclista, por exemplo.
EDUCAÇÃO
O diretor da área de Educação para o Trânsito da AMT, Senivaldo Silva Ramos, diz que é comum ver membros da mesma família andar em carros diferentes. Para ele, o fato de o transporte solidário não ser colocado em prática nem mesmo entre pessoas da mesma família é um indício de falta de afeto e de companheirismo. “Se não existe esse companheirismo em casa, é mais difícil existir entre vizinhos ou amigos de trabalho”, observa.
Fonte:
Prezados Senhores
ResponderExcluirPenso que a questão da Carona Solidaria deveria ser mais trabalhada em ambito nacional. E so através da educação é que vamos conseguir mudar a mentalidade e cultura da população em geral. Existem muitas propostas de sites na internet, porém conheci um deles e gostei muito pois este site é bem educativo e de utilidade publica, acabei encontrando um profissional da área de saude que eu precisava no link todas as cidades.
Visitem este site vale a pena divulgar é: www.ecocarroagem.com.br .
Att
Meire